terça-feira, 3 de julho de 2018

Entenda os maiores desafios do Coordenador Pedagógico

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Entenda os maiores desafios do Coordenador Pedagógico
Por Luísa França 2 de maio de 2018 Gestão Escolar
As funções do coordenador escolar são várias, mas nem sempre estão bem demarcadas. O coordenador pedagógico se afirma progressivamente como formador, orientando o trabalho coletivo no ambiente escolar, e atua como conexão entre os indivíduos, o projeto da escola e os conteúdos educativos.
Para oferecer uma dimensão mais precisa da importância desse profissional, este artigo apresenta os principais desafios do coordenador, bem como dicas para otimizar a rotina em meio aos afazeres cotidianos.
Boa leitura!
O papel do coordenador pedagógico
O coordenador pedagógico tem extrema importância no ambiente escolar, tendo em vista que ele promove a integração dos indivíduos que fazem parte do processo ensino-aprendizagem, estabelecendo, de forma saudável, as relações interpessoais entre os envolvidos. É um profissional que atua entre a direção e os educadores, mas também se relaciona com os alunos e os familiares.
Ele tem papel estratégico na mediação entre as diferentes instâncias educacionais, exercendo funções de articulação, formação e transformação. Por meio delas, o seu objetivo principal é oferecer o suporte requerido para que o estudante aprenda da melhor maneira possível.
As funções de articulação desempenhadas pelo coordenador pedagógico abrangem professores, familiares de alunos, os próprios estudantes, a legislação educacional e o Projeto Político Pedagógico da escola. É ele quem tem a formação necessária e a responsabilidade de fazer a articulação demandada entre os atores e domínios envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
O coordenador pedagógico é também quem faz a ponte entre a família e a escola, discutindo aspectos relativos ao rendimento escolar dos alunos e propondo soluções para potenciais dificuldades de aprendizagem ou conflitos disciplinares, por exemplo. Outra função importante que esse profissional desempenha é o suporte ao docente de estudantes em situações específicas para aprender.
O atendimento à legislação educacional brasileira configura parte importante das atribuições do coordenador pedagógico. Além de auxiliar na elaboração e no desenvolvimento da estrutura e do funcionamento do currículo com base em suportes legais, ele deve atuar junto aos professores, bem como atender a alunos e a seus familiares pautando-se nos preceitos da legislação educacional.
Além disso, contribuir para a articulação adequada de práticas relativas ao cumprimento do Projeto Político Pedagógico da instituição educacional consiste em uma atribuição essencial do coordenador pedagógico. Ele precisa propor medidas e atividades que ajudem a garantir que os objetivos estipulados no projeto possam ser desenvolvidos de maneira a beneficiar toda a comunidade escolar.
A função formativa exercida pelo coordenador pedagógico está diretamente relacionada à formação continuada dos professores para a atuação em suas atividades de docência. Cabe a esse profissional auxiliar os docentes para que eles aprimorem seus conhecimentos e suas práticas pedagógicas, por meio do oferta de oficinas e cursos online, por exemplo, que abordem temas de relevância como didática, prática de ensino e métodos avaliativos.
Todo educador tem o papel transformador, o que não é diferente no caso do coordenador pedagógico. Ao ter uma função mediadora por excelência, ele deve propiciar o questionamento dos professores sobre suas práticas e compromissos com o fazer educacional, fomentando a reflexão contínua e o estabelecimento de uma postura crítica diante do trabalho docente.
Em suma, algumas atribuições do coordenador pedagógico são:
  • Avaliar e acompanhar o processo ensino-aprendizagem, além dos resultados de desempenho dos alunos;
  • Valorizar e garantir a participação ativa dos professores, garantindo um trabalho que seja integrador e produtivo;
  • Organizar e escolher os materiais necessários ao processo de ensino-aprendizagem;
  • Promover práticas inovadoras de ensino e incentivar a utilização de tecnologias educacionais;
  • Fazer com que toda a comunicação entre estes dois públicos flua de maneira funcional;
  • Averiguar se a conduta pedagógica dos docentes tem beneficiado o processo de aprendizado dos discentes;
  • Informar aos pais e responsáveis a situação escolar e de relacionamento dos alunos;
  • Promover a formação continuada dos docentes.
Os maiores desafios da coordenação pedagógica
Mesmo com tantas funções importantes, nas conversas com profissionais de todo o país percebe-se que os coordenadores comumente se veem em desvio de função, realizando tarefas que pouco agregam em suas responsabilidades.
Muitas vezes, a falta de profissionais para desenvolver todas as atividades necessárias em uma instituição educacional leva a esse tipo de situação, mas esse não é o único impasse da carreira do coordenador pedagógico. Veja a seguir os maiores desafios de um coordenador pedagógico e o que é possível fazer para superá-los no cotidiano escolar.
Gerenciar as dificuldades do dia a dia
O coordenador pedagógico é um profissional que muitas vezes atua “apagando incêndios”. Ele resolve problemas pontuais com bastante frequência, o que o impossibilita de desenvolver e aplicar ações de longo prazo que ajudariam bastante a solucionar a raiz dos infortúnios vivenciados na escola. Tais profissionais precisam atentar-se à necessidade de agir preventivamente, e não reativamente, para que os níveis educacionais sejam cada vez melhores.
Outro desafio do coordenador pedagógico está na formação de equipes que o apoiem em sala de aula na resolução de situações emergenciais. É preciso desenvolver nos professores competências de gestão de conflitos para que pequenos problemas sejam resolvidos rapidamente, de forma que eles não prejudiquem o ambiente de aprendizado.
Ter autonomia para realizar suas funções
Os diretores precisam ver os coordenadores pedagógicos como um importante ponto de apoio na gestão da instituição de ensino. Juntos, eles têm o papel de desenvolver o projeto pedagógico escolar e de apoiar os professores na aplicação dos parâmetros acordados para sala de aula.
Ainda assim, mesmo que este trabalho seja feito em conjunto, quem se faz presente durante toda a averiguação, quem ajusta o processo e oferece feedbacks a todos é o coordenador pedagógico. Por isso, esse profissional precisa ter autonomia para transitar entre os docentes e a direção, a fim de solucionar questões com agilidade, ser capaz de transmitir mensagens claras e objetivas e, o mais importante, proporcionar um ambiente de aprendizagem que seja funcional e favorável aos alunos.
Contar com o apoio da direção e dos professores para aprimorar os processos pedagógicos
Uma das funções do coordenador pedagógico é a de introduzir no ambiente escolar novas práticas que beneficiem o seu trabalho, os processos de aprendizagem e os de avaliação dos alunos. Entretanto, por mais que a adoção de novas metodologias seja entendida como necessária para aprimorar os processos pedagógicos e para dinamizar as atividades burocráticas de uma escola, ainda assim, muitos coordenadores encontram dificuldades para receber o apoio da direção e dos docentes na implementação dessas novas práticas.
É preciso convencer o diretor a direcionar recursos para algo desconhecido até então e fazê-lo acreditar, efetivamente, na funcionalidade e nos benefícios que serão obtidos. Além disso, o coordenador precisa ser capaz de transmitir as vantagens também para quem irá utilizar as novas práticas - ou seja, os professores - a fim de conseguir a adesão e o engajamento daqueles que terão contato direto com as novidades.
Atualmente, é comum notar esse dilema na adoção de tecnologias educacionais. Os coordenadores gostam da ideia, mas precisam conseguir investimentos por parte da direção e, posteriormente, a adesão dos professores.
Também não é raro que certos professores não se sintam confortáveis com o suporte oferecido pelo coordenador pedagógico, principalmente no que diz respeito ao tipo de didática empregada e aos métodos de avaliação usados. Por mais que o coordenador pedagógico mantenha uma postura orientadora baseada no diálogo e construção conjunta de conhecimentos, existem docentes que têm dificuldades para aceitar sugestões.
Relacionar-se com diferentes públicos
O trabalho do coordenador escolar implica em uma relação próxima com diferentes públicos da comunidade escolar: o diretor, os professores, os alunos e os familiares. É necessário atender às expectativas e às demandas de muitas pessoas diferentes, o que pode ser um grande desafio.
Um fator que torna essa questão ainda mais desafiadora é que cada um espera algo diferente da escola e muitas vezes a ansiedade e as cobranças acabam sendo direcionadas ao coordenador. Sendo assim, é necessário manter um canal aberto e próximo a cada um desses públicos sem se afastar da identidade da escola, a fim de se manter um relacionamento saudável com todos.
Dicas para otimização de rotina
Pare e pense só por um minutinho: se fosse possível realizar um desejo instantâneo, qual seria seu pedido? Por mais que sejam muitas as vontades e possibilidades, ao menos um pedido é consenso: ter mais tempo. Isso porque, na complexidade do mundo contemporâneo e com uma demanda cada vez maior de profissionais capacitados, acaba sendo preciso se reinventar constantemente. Atreladas a isso, ainda existem as inúmeras obrigações do cotidiano, tanto na esfera pessoal como no âmbito profissional.
E com tantos compromissos diários, 24 horas costumam ser insuficientes para realizar bem todas as atividades, não é mesmo? Pensando nesse dilema, listamos algumas dicas para ajudar os coordenadores pedagógicos a otimizar o seu tempo.
1- Aposte na tecnologia
Não restam dúvidas que os recursos tecnológicos revolucionaram o sistema de ensino, certo? Na prática, porém, muitos profissionais ainda não têm a dimensão exata do quanto essas ferramentas são benéficas quando empregadas adequadamente. Ainda assim, é provável que até mesmo os mais desligados já tenham se deparado com plataformas e softwares especializados que foram responsáveis por uma melhoria significativa no âmbito acadêmico.
Nesse contexto, alguns aplicativos têm muito a auxiliar no processo de administração do tempo, otimizando a rotina de trabalho do coordenador pedagógico. Existem, por exemplo, opções com agendas que organizam as atividades e compromissos, além de sincronizar os dados com o telefone e o computador. Basta fazer uma pesquisa rápida para encontrar um recurso que seja mais compatível com suas necessidades.
2- Aplique o método Pomodoro
Batizado em homenagem ao cronômetro em formato de tomate usado por seu idealizador, o italiano Francesco Cirillo, o método Pomodoro se mostra extremamente eficiente para os profissionais da coordenação pedagógica. Com a técnica, os coordenadores pedagógicos conseguirão agilizar as tarefas ao evitar as distrações externas. Para entender melhor essa técnica, confira o passo a passo a seguir:
1) Crie uma lista de tarefas a serem realizadas;
2) Programe no seu relógio um cronômetro de 25 minutos;
3) Exerça uma tarefa por vez, sem interrupções, até o tempo se esgotar;
4) Descanse seu corpo e sua mente durante aproximadamente 5 minutos;
5) Faça o mesmo processo 4 vezes, com atividades diferentes;
6) Tire um momento de relaxamento de 30 minutos;
7) Na sequência, dê continuidade ao exercício, repetindo os mesmos passos.
3- Tente programar sua agenda
É essencial criar o hábito de fazer uma programação, desenvolvendo planejamentos específicos e otimizando demandas do cotidiano. Assim você tem muito mais chances de efetivamente conseguir cumprir os prazos das tarefas, evitando sobrecargas ou rotinas de trabalho dobrado.
O mais indicado é que essa programação não seja apenas mentalizada, mas anotada para não se correr o risco de perder o prazo ou de se esquecer de alguma atividade importante. Certifique-se de registrar todas essas informações em um único local, já que a desorganização é uma grande inimiga de quem quer otimizar seus dias.
4- Compartilhe a execução de tarefas
Acredite: seus colegas, amigos e familiares podem ser tão eficientes quanto você. Então dê a eles um voto de confiança ao começar a delegar tarefas que podem ser perfeitamente realizadas por outras pessoas. Seja na vida pessoal ou no âmbito profissional, solicitar ajuda na execução de atividades do dia a dia é uma ótima alternativa para aliviar o peso, amenizando consideravelmente a sobrecarga de trabalho.
Conclusão
A coordenação pedagógica é uma profissão repleta de desafios, que exige paciência, dedicação e, claro, tempo para lidar com as obrigações do cargo. É necessário, portanto, contar com ferramentas e estratégias eficientes para auxiliar na complicada tarefa de melhorar a rotina de trabalho.
Além disso, manter uma relação saudável, aberta e próxima com todos os públicos diferentes da escola é fundamental para garantir o desenvolvimento adequado dos estudantes. Nesse contexto, baixe o infográfico e confira quatro maneiras de melhorar o relacionamento entre a escola e a família.

Tecnologia na educação: Como garantir mais motivação em sala de aula?

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Tecnologia na educação: Como garantir mais motivação em sala de aula?
Por Luísa França 6 de jun de 2018 Tecnologia da Educação
Fazer uso da tecnologia na educação já é uma necessidade inadiável, reconhecida por todo profissional do ensino que anda atualizado com as últimas tendências na área. Dito isso, no entanto, é preciso se dar conta de que a forma com que esse recurso deve ser empregado em sala de aula nem sempre é clara.
Simplesmente usar ferramentas tecnológicas na escola, como fim em si mesmas, não é bem o objetivo, concorda? Sendo assim, vale a pena pesquisar e experimentar para descobrir de que maneiras a tecnologia pode ser empregada para melhorar efetivamente o aprendizado dos alunos e o dia a dia dos professores.
Pensando nessa questão, elaboramos a seguir um guia completo sobre tecnologia no ensino, mostrando formas de utilizá-la da maneira mais produtiva, além de como lidar com seus principais problemas e introduzi-la adequadamente na instituição de ensino. Continue lendo e fique por dentro!
1. Introduzindo a tecnologia na escola
Se a intenção é que o emprego da tecnologia na educação não seja um fim em si mesmo, isto é, que os recursos sejam usados para trazer melhorias efetivas para a escola, será preciso realizar algumas mudanças na dinâmica das aulas.
Nesse caso, é interessante preparar a introdução da novidade de maneira diferente para cada um dos grupos a serem afetados por ela, a saber:
1.1. Corpo docente e funcionários
Contar com o apoio de professores e outros colaboradores no processo de adotar a tecnologia na escola é fundamental, afinal, são eles que irão lidar diretamente com a questão, por isso, quanto mais a favor da mudança estiverem, melhor.
Além de motivar o uso da tecnologia entre esses profissionais, é preciso ainda ajudá-los a empregá-la da melhor maneira possível, oferecendo treinamentos, aulas de informática e até funcionários auxiliares para deixá-los mais seguros com o uso dos novos recursos.
Acompanhar a relação de cada um com as tecnologias adotadas a fim de diagnosticar problemas, receber feedbacks e promover uma melhoria constante também é essencial.
1.2. Pais e responsáveis
O envolvimento dos pais na educação de seus filhos é de grande importância para o sucesso dos estudantes. Diante disso, promover a participação dos familiares nas mudanças a serem implementadas para a adoção da tecnologia em sala de aula é outro passo fundamental.
Por meio de reuniões, notificações e uma comunicação aberta entre os pais e a escola, é possível que eles contribuam para a introdução da tecnologia, aumentem o engajamento dos filhos, ofereçam feedbacks enriquecedores e, mais importante, compreendam e apoiem a iniciativa.
1.3. Alunos
Com a geração Z nascida e criada em um mundo dominado pela tecnologia, é difícil imaginar que possa haver qualquer tipo de resistência por parte dos alunos na implementação da tecnologia em sua educação.
Ainda assim, é preciso cuidar de sua preparação para receber a novidade justamente para que a familiaridade com os recursos digitais não os leve para longe do aprendizado, restringindo seu uso da tecnologia ao entretenimento ou a atividades que poderiam ser feitas fora da sala de aula.
Os motivos por trás da introdução das ferramentas tecnológicas, bem como os objetivos de cada uma delas, devem ser bem conhecidos pelos alunos, e a atitude esperada deles em relação a isso deve ser sempre clara e relembrada quando necessário.
2. Entendendo as demandas de seus alunos
Outro ponto importante para a escola que deseja realmente aproveitar os benefícios que a tecnologia pode oferecer no lugar de simplesmente adicioná-la à gama de recursos disponíveis nas salas de aula é pesquisar e entender as principais demandas dos alunos.
Dessa maneira, é possível empregar justamente os recursos de que eles precisam para melhorar seu desempenho, além de garantir que a medida terá efeito em sua motivação e engajamento.
Para tal, é interessante procurar saber:
  • que tipos de aparelhos tecnológicos os alunos mais usam fora da sala de aula;
  • quais são os programas e aplicativos mais usados por eles, tanto para atividades relacionadas à escola quanto para seu próprio entretenimento;
  • qual é a familiaridade de cada um com os diferentes tipos de recursos disponíveis no mercado;
  • de que tipo de informação ou conhecimento do uso da tecnologia os alunos mais podem precisar em suas futuras vidas profissionais;
  • o que eles gostariam de aprender ou dominar quando o assunto é tecnologia.
A partir daí, os gestores da escola podem entender quais ferramentas e recursos terão mais utilidade e aceitação em sala de aula (tablets, e-readers, smartphones). Além disso, é possível criar atividades específicas relacionadas à tecnologia, como oficinas de edição de vídeo, aulas de informática, programação básica, etc.
3. Como mapear os principais problemas em sala de aula?
Para usar a tecnologia com o objetivo de sanar problemas em sala de aula, deve-se, em primeiro lugar, localizar esses problemas. Dessa forma, as chances de que as mudanças surtam efeitos positivos são muito maiores.
Realizado tanto antes quanto após a implementação da tecnologia, o mapeamento das dificuldades — dos alunos e dos professores — é crucial para a melhoria constante do ensino, e pode ocorrer da seguinte maneira:
3.1. Antes da implementação
Além da pesquisa realizada entre os alunos para entender suas principais demandas, vale pedir ainda a professores e colaboradores que observem, em sala de aula, quais são as principais dificuldades no dia a dia — da falta de motivação dos estudantes à escassez de oportunidades e conhecimento para adotar novas práticas de ensino, por exemplo.
A partir desse levantamento, podem-se estudar os recursos disponíveis para escolher aqueles que melhor atendem a essas demandas e traçar um plano de melhoria em longo prazo.
3.2. Após a implementação
Nas primeiras semanas após a adoção da tecnologia em sala de aula, deve-se acompanhar a adaptação de professores e alunos para sanar possíveis resistências e dificuldades iniciais.
Depois disso, o monitoramento deve continuar não apenas para prevenir problemas e garantir que as ferramentas continuem a ser usadas da forma correta como, também, para analisar os resultados obtidos a fim de continuar avançando.
Vale lembrar que, após a implementação, é possível que problemas que passaram desapercebidos antes dela se revelem — como, por exemplo, dificuldades de alunos específicos com o uso da tecnologia —, devendo ser então estudados e devidamente sanados.
4. A importância da atualização do profissional com as últimas tendências em educação
Na era da comunicação, a formação continuada é exigência em praticamente qualquer área. Entretanto, mesmo antes da revolução trazida pela informática, a atualização constante dos profissionais da educação já era um requisito para seu sucesso. Afinal, ensinar requer, antes de tudo, aprender, e, para isso, professores, coordenadores e diretores precisam estar por dentro das descobertas e tendências mais atuais da educação.
Ademais, a própria forma de ensinar vem passando por transformações aceleradas nos últimos anos, com o surgimento da chamada educação 3.0, por exemplo. Nesse contexto, manter-se informado acerca das inovações em pedagogia é imprescindível para que o profissional do ensino continue realizando seu trabalho com qualidade.
Ao se familiarizar com as tendências relacionadas à tecnologia na educação, os professores entrarão em contato com novas formas de ensinar e poderão desenvolver — caso ainda não o tenham — o hábito de continuar atualizando-se para descobrir outros usos das ferramentas disponibilizadas, novos programas e aplicativos de ensino, e por aí vai.
Com isso, ganha-se flexibilidade, aumentando a capacidade dos profissionais de se adaptar a mudanças e aprender a lidar com novidades na escola.
À medida que se acostuma a usar as novas ferramentas, o educador consegue ainda melhorar sua gestão de tempo dentro e fora da sala de aula, assim como estreitar seu relacionamento com os alunos por meio da interação com os aparelhos eletrônicos, tão presentes no dia a dia deles.
A atualização impulsionada pela adoção da tecnologia, portanto, permitirá ao profissional da educação não apenas manter-se em dia com o que há de mais recente em sua área, como também trará benefícios diversos para a sua rotina, sua relação com os estudantes e o funcionamento da própria escola.
5. Moderando o uso da tecnologia
Usar a tecnologia em sala de aula visa a aproveitar todas as vantagens que ela pode trazer para professores, pais e alunos, correto? Não se trata, assim, de ignorar as dificuldades que já existem (ou que possam eventualmente surgir no processo), muito menos de criar uma relação de dependência com as ferramentas tecnológicas.
Felizmente, é a própria adoção da tecnologia que permitirá à escola moderar seu uso pelos alunos com muito mais eficácia.
Ao ensinar como e quando esse recurso deve ser usado, além de controlar os momentos em que eles serão empregados em sala, o professor pode direcionar a capacidade dos estudantes de usar os aparelhos eletrônicos em seu próprio benefício, reduzindo seu uso inadequado e aumentando sua habilidade de lidar corretamente eles.
Com a aplicação consciente da tecnologia na escola, é possível, por exemplo:
  • combater o cyberbullying e outras formas de preconceito;
  • reduzir a distração causada pelos smartphones e aparelhos mobile;
  • equilibrar o tempo que os estudantes dedicam aos jogos eletrônicos, aos estudos e à prática de atividades físicas;
  • orientar a pesquisa em fontes on e off-line confiáveis, aumentando o senso crítico dos alunos.
O ensino híbrido, que combina a educação tradicional e o uso da tecnologia para conquistar a personalização do ensino, também pode ajudar a conciliar a utilização de ferramentas digitais com a atenção em aulas presenciais, assim como o uso de livros didáticos físicos, por exemplo.
Qualquer que seja a metodologia adotada pela escola, é importante que, durante a transição pela qual ela passará para implementar o uso da tecnologia, haja processos claros entre os profissionais e os alunos, bem como o diálogo constante para lidar com obstáculos e dificuldades.
Aos poucos, com horários e expectativas bem definidos em relação à utilização das novas ferramentas, será possível educar docentes e discentes para que todos se beneficiem e aprendam a usar a tecnologia a seu favor, sem se tornarem dependentes dela.
6. Estimulando a leitura em sala de aula com ajuda da tecnologia
O desinteresse pela leitura é um problema recorrente nas escolas hoje em dia, principalmente entre os jovens da geração Z. De fato, algumas pessoas chegam a associar essa questão à afinidade dos alunos com a tecnologia, entretanto, na realidade é possível, sim, usar o universo digital para incentivar o hábito de ler. Veja como:
6.1. Aproveite os livros em diferentes formatos
Poder ler em tablets, smartphones e até e-readers, além de ser bastante prático, é uma excelente maneira de motivar os jovens que não se desgrudam das telinhas a descobrir o mundo da leitura. Alguns aplicativos contam com opção de consulta a dicionários dentro dos próprios livros digitais, e há também bibliotecas que fazem empréstimos de e-books.
Outra ideia para desenvolver o gosto pela literatura usando a tecnologia é por meio dos audiolivros, que também contribuem para que alunos com diferentes perfis de aprendizado possam desfrutar igualmente dos livros trabalhados em sala.
6.2. Transforme a leitura em uma experiência multimídia
Um excelente exemplo de como a leitura pode ser interativa e multimídia é a série de webcomics (quadrinhos para a web) Homestuck, publicada no site MS Paint Adventures entre 2009 e abril de 2016.
Composta por uma combinação de texto, imagens estáticas e animadas, jogos em Flash e vídeos que somam mais de 8 mil páginas e 800 mil palavras, a série pode ser “lida” no original, em inglês, ou em português.
Inspirando-se nessa ideia, professores podem também aproveitar a tecnologia para tornar a experiência de leitura ainda mais interessante e enriquecedora ao indicar a filmes, reviews em vídeo, entrevistas com o autor e outros documentos on-line, realizar pesquisas diversas, entre várias outras possibilidades. Basta usar a criatividade!
6.3. Apresente os alunos a boas fontes on-line
A internet, sem sombra de dúvida, contém um número assustador de informações incorretas, textos mal-escritos, reportagens tendenciosas e outras mídias que podem acabar prejudicando os alunos com senso crítico em desenvolvimento.
Entretanto, é inegável que, em meio a tudo isso, há também uma infinidade de fontes interessantíssimas, que podem contribuir para enriquecer as pesquisas dos estudantes e apresentar-lhes pontos de vista únicos e completos.
Antes de condenar as pesquisas on-line, portanto, é muito produtivo que o professor procure conhecer os sites mais confiáveis para repassá-los aos alunos, ajudando-os a reconhecer, sozinhos, os sinais de que um texto é relevante e verídico.
Alguns bons exemplos são:
7. Usando a tecnologia também para a avaliação do aluno
Finalmente, é interessante ficar por dentro das maneiras que a tecnologia pode ser usada para avaliar os estudantes, otimizando o tempo do educador, potencializando o diagnóstico de dificuldades e, consequentemente, melhorando o desempenho e motivação dos alunos.
Mesmo que não substituam por completo outros tipos de avaliação — visto que a variedade nos métodos avaliativos é, aliás, o mais recomendado para cobrir os diferentes perfis de aprendizado —, as provas digitais podem ser corrigidas por computador e ainda fornecem automaticamente dados sobre o desempenho dos estudantes para análise e comparação pelos gestores.
Além de diversificar o tipo de avaliação oferecido pela escola, deixar que os alunos usem a tecnologia para mostrar o que aprenderam enriquece sua experiência e aumenta sua segurança e entusiasmo com os estudos.
Conclusão
Apostar no uso de ferramentas tecnológicas no ensino já é requisito para as escolas que desejam se destacar pela inovação e atualização com as mais modernas tendências pedagógicas.
Ainda assim, para que a tecnologia não se torne um fim em si mesma, é preciso estudar as melhores formas de empregá-la a fim de trazer benefícios para professores e alunos, aumentando a motivação de ambos em sala de aula.