quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Tecnologias da Informação e da Comunicação e Outras na Educação - Pensamento computacional e programação como ferramentas de aprendizagem

Divulgando de Instituto Ayrton Senna...



Pensamento computacional e programação como ferramentas de aprendizagem

Na busca por práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento pleno, o pensamento computacional e a programação aparecem como uma estratégias eficazes.
No livro Mindstorms: children, computers and powerful ideas (1980), o pesquisador Seymour Papert, pioneiro no uso do computador como ferramenta de aprendizagem, definiu a programação de computadores como a ação de comunicação entre usuário e máquina por meio de uma linguagem que ambos entendem.
Assim como existem diversas linguagens de comunicação verbais e não-verbais, diferentes linguagens de programação têm sido desenvolvidas para diversos contextos e aplicações como base estruturas lógico-matemáticas bastante similares.
O ato de programar consiste em solucionar problemas utilizando o computador e sua capacidade de processamento de dados e informações como aliados. No universo da computação, programar significa criar soluções – como jogos, animações e aplicativos digitais – para resolver problemas diversos.
Assumindo a programação como uma prática pedagógica, um dos resultados esperados dessa ação de forma estruturada é o desenvolvimento do que se pode chamar de pensamento computacional.
O que é pensamento computacional?
O pensamento computacional não está necessariamente ligado à programação de computador. Tampouco é a capacidade de navegar na internet, mandar e-mails ou utilizar as redes sociais.
Pensamento computacional é uma estratégia para modelar soluções e resolver problemas de forma eficiente – e, assim, encontrar soluções genéricas para classes inteiras de problemas.
Jeanette Wing, atualmente professora em Carnegie Mellon e vice-presidente da Microsoft Research, definiu o pensamento computacional como a formulação de problemas e soluções representados de forma que possam ser executados por processadores de informações – humanos, computadores ou, melhor ainda, uma combinação de ambos.
Portanto, apesar de não estar completamente relacionado ao pensamento computacional, o computador é uma importante ferramenta para a otimização de tarefas, sobretudo nas etapas que envolvem sequências de ações que podem ser previstas.
Wing caracteriza o pensamento computacional com os seguintes elementos:
  • Conceptualização (organização dos conceitos) e não programação;
  • Habilidade fundamental, não mecânica;
  • Uma forma que humanos, não computadores, pensam;
  • Um pensamento complemento e que combina pensamento matemático e de engenharia;
  • Composto por ideias, não somente software e hardware;
  • Para todas as pessoas, em todos os lugares.
O pensamento computacional pode ser organizado em quatro etapas:
1. Decomposição: dividir a questão em problemas menores e, portanto, mais fáceis.
2. Padrões: identificar o padrão ou os padrões que geram o problema.
3. Abstração: ignorar os detalhes de uma solução de modo que ela possa ser válida para diversos problemas.
4. Algoritmo: estipular ordem ou sequência de passos para resolver o problema.
Programação e Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Há várias menções do termo “pensamento computacional” no texto da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). O conceito é associado à Matemática como estratégia para “traduzir” situações-problema da língua materna para outros formatos que podem ser entendidos por sistemas digitais.
A BNCC apresenta, no texto introdutório do Caderno de Matemática, o termo pensamento computacional:
“Outro aspecto a ser considerado é que a aprendizagem de Álgebra, como também aquelas relacionadas a outros campos da Matemática (Números, Geometria e Probabilidade e Estatística), podem contribuir para o desenvolvimento do pensamento computacional dos alunos, tendo em vista que eles precisam ser capazes de traduzir uma situação dada em outras linguagens, como transformar situações-problema, apresentadas em língua materna, em fórmulas, tabelas e gráficos e vice-versa.
Associado ao pensamento computacional, cumpre salientar a importância dos algoritmos e de seus fluxogramas, que podem ser objetos de estudo nas aulas de Matemática. [...] Outra habilidade relativa à álgebra que mantém estreita relação com o pensamento computacional é a identificação de padrões para se estabelecer generalizações, propriedades e algoritmos.” (BRASIL, 2017)
Apesar de não conceituar o termo nem traduzi-lo em habilidades específicas, o documento relaciona unidades temáticas da Matemática, em especial a Álgebra, ao desenvolvimento dessa forma de pensamento.
Há também conexão com as competências gerais propostas, em especial a quinta delas:
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.” (BRASIL, 2017).”
A escola pode atuar para facilitar a compreensão dessa nova linguagem e, assim, fomentar a capacidade criadora do jovem como produtor de tecnologia. Como você viu, essa prática pode trazer resultados satisfatórios para aprendizagem e para o desenvolvimento de competências socioemocionais dos estudantes. Não perca a oportunidade de testá-la e compartilhar os resultados conosco em nossas redes sociais!


 

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Paulo Freire ameaçado de expurgo


Divulgando de Instituto Paulo Freire

Paulo Freire ameaçado de expurgo
Somos uma organização não-governamental com 27 anos de existência, criada para continuar e reinventar o legado freiriano. Paulo Freire acompanhou de perto a sua constituição, participando da discussão do seu estatuto, da definição de seus princípios, de suas linhas de atuação e contribuindo com suas valiosas e esclarecedoras reflexões sobre os projetos em desenvolvimento. Abrigamos a biblioteca do educador brasileiro e grande parte de seu acervo, reconhecido pela Unesco como patrimônio documental da humanidade.
Mais de 5 mil pessoas já passaram pelo Centro de Referência Paulo Freire. Um quinto dessas pessoas são estrangeiros representantes de mais de 40 países, dentre eles: Inglaterra, Itália, Índia, Japão, China, Canadá e tantos outros. Este educador reconhecido internacionalmente por suas contribuições às ideias pedagógicas está, neste momento, ameaçado de ser expurgado da educação brasileira. Vivemos tempos de perplexidades sucessivas. Esta é mais uma delas.
Não é a primeira vez que suas ideias são ameaçadas. O autor de Pedagogia do oprimido, obra que, em 2018, completa 50 anos, foi preso e exilado no período da ditadura. Sua resposta ao cerceamento foi um convite ao diálogo e à coragem de lutar; frente à violência, ao silenciamento, a luta pelo direito à liberdade de expressão, ao pensamento crítico.
Paulo Freire sempre se opôs à doutrinação, à manipulação. Defendia o diálogo de saberes: o saber científico, o saber sensível, o saber técnico, tecnológico, o saber popular, sem discriminação, respeitando e valorizando a diversidade e os direitos humanos. Como um ser humano conectivo, esperançoso, jamais deixou de acreditar na capacidade da humanidade de criar “um mundo em que seja menos difícil amar”, como escreveu, no exílio, em 1968, no final de seu livro mais conhecido: Pedagogia do oprimido.
Alguns gostariam de retirar Paulo Freire das prateleiras das escolas, mesmo que sejam poucas as que ainda têm livros dele; outros ameaçam expurgar os livros didáticos, onde, porventura, se faz alguma menção a ele. Não vimos ninguém, até agora, propondo a queima de seus livros em praça pública. E esperamos que não chegue esse momento. Para isso, estamos vigilantes! Sabemos que suas ideias não agradam a todos. E isso é próprio da democracia, como espaço amplo, fecundo e generoso do debate de ideias, em que cada pessoa possa, com autonomia, dizer a sua palavra e construir a sua própria história.
Contestar Paulo Freire é, na verdade, contestar a própria democracia que ele defendia ao lado de outros grandes educadores do século XX, como John Dewey, Martin Buber, Jean Piaget e Maria Montessori, ao lado de brasileiros e brasileiras como Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Cecília Meirelles e Rubem Alves, entre outros. Para todos e todas que desejam conhecer e viver uma pedagogia de inspiração humanista, sua obra é imprescindível e deveria estar em todas as escolas.
A liberdade é um princípio de toda educação e o ofício de ensinar, uma conquista da humanidade. Sem democracia não há aprendizagem. Intimidar professores é negar ao povo o direito à educação. A pedagogia dialógica defendida por Paulo Freire é considerada como uma referência de qualidade científica e reconhecida por intelectuais e universidades de todo o mundo.
As teorias de Paulo Freire cruzaram as fronteiras das disciplinas, das ciências, criando raízes nos mais variados solos, fortalecendo teorias e práticas educacionais, bem como auxiliando reflexões não só de educadores e educadoras, mas, também, de médicos, terapeutas, cientistas sociais, economistas, filósofos, antropólogos, psicólogos, artistas, juristas e profissionais de diversas outras áreas. Se elas tocaram corações e mentes e ressoaram em tantos lugares, pelos quatro cantos do mundo, é porque elas atendem a uma necessidade não só de construção de conhecimentos baseados em evidências e dados, mas também porque, despertam nas pessoas que entram em contato com elas, a capacidade de serem melhores, menos arrogantes, mais respeitosas, para viverem plenamente suas existências num mundo mais justo, produtivo e sustentável.
Por isso, o Instituto Paulo Freire manifesta-se, neste momento, em defesa do legado freiriano como parte da luta pela democracia e pela liberdade de ensinar e aprender, e convida todos e todas que se solidarizam com essa causa a se somar, a criar um grande movimento, a partir de seus próprios espaços, cada um com sua criatividade e suas condições, construindo uma teia solidária de resistência e luta por uma educação emancipadora, transformadora e democrática. Vamos juntos em defesa de Paulo Freire! “Amar é um ato de coragem”, como nos ensinou Paulo Freire. Mais amor e menos violência.
Escreva seu texto, faça sua charge, sua ilustração, sua música, seu poema, sua aula pública, seu documentário, seu vídeo, organize suas atividades, compartilhe conosco notícias do que vem sendo feito, pelo e-mail: comunicacao@paulofreire.org e acompanhe o blog Resistência e Luta pela Democracia. Vamos tecer esperança!
Conheça e saiba mais:
#PauloFreireSempre #InstitutoPauloFreire #PatronodaEducaçãoBrasileira
INSTITUTO PAULO FREIRE DE EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS – IPF
Rua Cerro Corá, 550 - Alto da Lapa - São Paulo - SP - 05061-100 | Tel.: 55 11 3021-1168
- Instagram: @institutopaulofreire

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Cargos na Secretaria de Educação do DF serão ocupados com seleção

Divulgando de Metrópoles...



Cargos na Secretaria de Educação do DF serão ocupados com seleção

Novo secretário da pasta está firmando parcerias com entidades privadas e ONGs para profissionalizar gestão pública.
Priscilla Borges 21/11/2018 13:01 . atualizado em 21/11/2018 13:44
Os cargos estratégicos da Secretaria de Educação do Distrito Federal serão ocupados, a partir de 2019, por meio de seleção. O processo incluirá análise de perfil dos candidatos, testes de resiliência, integridade e competências, avaliação de experiência e formação. A Fundação Lemann, uma organização não governamental da área educacional, será a responsável por traçar a metodologia. Além disso, vai promover formação profissional continuada aos escolhidos para ocupar as vagas de subsecretários, coordenadores regionais, secretários adjuntos e assessores.
Segundo Rafael Parente, que assumirá a secretaria, várias parcerias com entidades sem fins lucrativos ou empresas dispostas a contribuir com o governo serão realizadas. O objetivo é profissionalizar os processos de gestão da pasta. “Para conseguir resultados rápidos, precisamos de uma equipe 100% profissional, comprometida e íntegra”, afirmou em entrevista exclusiva ao Metrópoles. Os diretores de escolas continuarão sendo eleitos.
Mais sobre o assunto
Além da Fundação Lemann, outras duas entidades já se mostraram dispostas a colaborar. Uma delas é a Falconi Brasil, experiente empresa de consultoria em gestão que ajudará a criar planejamentos estratégicos para a secretaria. A Falconi terá a tarefa de identificar as prioridades da área, otimizar processos, definir indicadores para medir resultados e sucessos. Parente pretende montar escritórios de projetos dentro da secretaria.
A outra, ainda em negociação, é a Vetor Brasil. Organização sem fins lucrativos, atua em parceria com governos estaduais e municipais para desenvolver profissionais. Eles devem ajudar na seleção da equipe que vai compor as subsecretarias da pasta. Os servidores interessados em ocupar os cargos poderão se inscrever para os processos seletivos assim que forem abertos. A secretaria divulgará as informações.
Sem contrapartida
As consultorias não serão remuneradas, de acordo com o secretário. “Estamos abertos a mais parcerias, mas é importante destacar que as entidades não receberão verbas do GDF na nossa gestão. Elas não poderão participar, inclusive, de qualquer licitação do governo”, garante.
Parente admite uma possível resistência à nova metodologia de escolha dos cargos estratégicos. Porém, acredita ter os argumentos necessários para convencer os mais céticos de que a “causa é nobre”. “O que queremos é uma educação melhor para todos. Minha principal meta é colocar o DF em primeiro lugar no Ideb em todas as etapas de ensino e a gente tem total condição para isso”, afirma.
O Ideb é o indicador do Ministério da Educação que avalia a qualidade do ensino público em todas as redes. Ele traça metas para cada etapa do ensino fundamental e para o ensino médio. Na última divulgação de resultados do indicador, em 2017, o Distrito Federal só atingiu a nota projetada para os anos iniciais do ensino fundamental. O pior desempenho foi no ensino médio, que ficou com índice de 3,4 (a meta era 4,4).
Para o novo secretário, o maior desafio será motivar, estimular e melhorar as condições de trabalho dos servidores da rede. Ele também defende mudanças na burocracia da pasta, que define como lenta e, muitas vezes, ineficiente. “Os funcionários são competentes e precisam de motivação, mas os processos burocráticos precisam ser mais inteligentes e profissionais, além de menos morosos”, destaca.
Ele replicará no DF parte do modelo de gestão que ajudou a implementar na Secretaria Municipal do Rio de Janeiro. Parente foi subsecretário de educação entre 2009 e 2013. “É uma mudança cultural e, por isso, muito desafiadora, mas o governador me pediu resultados rápidos, e a profissionalização da gestão é o caminho.”



Apesar da estratégia temos que conhecer e analisar melhor as parcerias.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Tecnologias da Informação e da Comunicação e Outras na Educação - Escolas públicas superam privadas na Olimpíada Digital da Matific

Divulgando de INOVEDUC...


Escolas públicas superam privadas na Olimpíada Digital da Matific
14 de novembro de 2018

Escrito por Débora Thomé
A Escola Municipal Liege Gama Rocha, de Coruripe (AL), é a vencedora da Olimpíada Digital de Matemática. O primeiro torneio do gênero no Brasil disputado em uma plataforma de jogos foi organizada pela empresa israelense Matific. No total, serão entregues R$ 150 mil reais em prêmios e em dinheiro.
A competição reuniu mais de 600 colégios brasileiros (públicos e privados). Participaram cerca de 260 mil estudantes, desde a educação infantil até o sexto ano, com idades entre 5 a 11 anos.
Para Dennis Szyller, diretor da Matific Brasil, a proposta da olimpíada é apresentar a Matemática de um jeito fascinante e engajador, tirando a ideia de que a disciplina é chata e difícil.
O colégio vencedor do interior das Alagoas ganhará um prêmio de R$ 15 mil e mais R$ 3 mil em licenças na plataforma educacional. A segunda colocação foi, inclusive, para um colégio público. A Escola Municipal Francisco Arnaldo da Silva Coronel, de Fernandópolis, interior de São Paulo, levará o prêmio de R$ 10 mil e mais R$ 3 mil em licenças da Matific. O Colégio Salesiano São João Bosco, de Juazeiro do Norte, Ceará, ficou em terceiro lugar.
A Matific é utilizada, atualmente, por 450 escolas brasileiras. São cerca de 100 mil alunos das redes pública e privada. No mundo, o sistema de gamificação da Matemática atende cerca de 2,5 milhões de estudantes de 40 países.
Olimpíada digital teve duração de duas semanas
Realizado em outubro, o torneio teve duração de uma semana. Foram mais de 2 milhões de jogos executados. No cômputo geral, o desempenho dos alunos da rede pública foi equivalente ao apresentado pelos estudantes do setor privado.
As três escolas que obtiveram o maior número de acertos nos jogos propostos receberão prêmios em dinheiro. As demais ranqueadas no TOP 10 levarão brindes e licenças gratuitas na plataforma da Matific. Professores e alunos com melhor desempenho na plataforma de jogos também serão contemplados com medalhas personalizadas, tablets e vale-livros.
Para a psicopedagoga Ana Paula Carmagnani, gerente de Projetos Pedagógicos da Matific Brasil, o atual ensino da disciplina no país tem levado os alunos a ter desempenhos cada vez piores.
Tecnologias como a da Matific promovem uma aprendizagem mais profunda. Além de engajá-los em situações cotidianas, estimulam a curiosidade, a exploração, o raciocínio lógico e a aprendizagem pela descoberta, em um ambiente lúdico e interativo”, disse Ana Paula Carmagnani.
“Com a olimpíada, professores têm a oportunidade de saber como usar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em sala de aula. Além de tornar a Matemática a disciplina mais esperada do dia”, acrescentou o diretor da Matific Brasil.

Débora Thomé
Editora-chefe
debora.thome@folhadirigida.com.br